Para fazer este exame, a mulher tem de estar deitada de costas, com as pernas afastadas e dobradas sobre os joelhos. Depois, o profissional de saúde introduz dois dedos na vagina até alcançar o colo do útero, para avaliar o seu estado de maturação, apagamento ou dilatação. Embora invasivo, o exame, se for apenas uma mera observação, é rápido e não deve ser doloroso. Já os toques consecutivos são desnecessários, incomodativos e têm riscos.
A Organização Mundial de Saúde (OMS) determina que «o número de exames vaginais deve ser limitado ao estritamente necessário; durante a primeira parte do trabalho de parto [dilatação], habitualmente, um exame vaginal de quatro em quatro horas é suficiente». No documento Care in Normal Birth – a pratical guide explica-se ainda que «se o parto decorrer serenamente, profissionais de saúde experientes podem limitar o número de exames vaginais a um. Idealmente, a observação necessária para determinar que existe parto activo, ou seja, dilatação». Apesar disso, o número de toques vaginais a efectuar durante o parto dificilmente gera consenso.
O toque serve para avaliar
Posição do colo uterino: posterior, anterior ou intermédio;
Extinção (ou apagamento) do colo uterino: formado, isto é sem apagamento, 50% apagado, 80% apagado e apagado;
Dilatação do colo uterino: até dez centímetros;
Consistência do colo uterino: duro ou mole;
Descida e rotação da cabeça do bebé.
À medida que a gravidez se aproxima do fim, o colo vai progressivamente, orientando-se de posterior para anterior, encurtando, dilatando e perdendo consistência.
O toque não avalia
A compatibilidade feto-pélvica (proporção entre o tamanho do bebé e a pélvis da mãe);
Quanto tempo falta para o bebé nascer.
Efeitos secundários
Aumento do risco de infecção: mesmo quando realizado com cuidado e com luvas, há sempre o risco de levar microorganismos da vagina ao canal cervical.
Interfere com a progressão normal do trabalho de parto.
Afecta a mulher emocionalmente: o toque invade a privacidade, pode ser desconfortável e obriga a mulher a uma posição pouco facilitadora do parto. Além disso, se se diz a uma mulher que tem quatro centímetros de dilatação e, passada uma hora e muitas contracções, depois de novo toque, se diz que ainda mantém os quatro centímetros, o sentimento vai ser de desânimo, quando o que se pretende é o contrário.
Durante a gravidez
Sempre que a grávida se queixa de contracções, mesmo que a data prevista para o parto ainda esteja longe, é normal haver uma observação vaginal para verificar se existe ou não trabalho de parto.
É também hábito, entre os obstetras, efectuar o toque com periodicidade semanal nas consultas a partir das 38 semanas para avaliar se o colo do útero está a modificar progressivamente ao longo das semanas. E é numa destas consultas que, muitas vezes, fazem a tal «maldade» – descolamento de membranas – para acelerar o início do trabalho de parto.
Se forem seguidas as recomendações da Organização Mundial de Saúde, que apontam sempre no sentido de, em situações normais, interferir o menos possível no processo natural do nascimento, não haverá necessidade de fazer toques antes do final da data prevista para o parto e, ainda menos, de descolamento de membranas.
Texto de Patrícia Lamúrias
Revista Pais&Filhos
17 de Maio/2011
Podem ler o artigo completo aqui.
A Organização Mundial de Saúde (OMS) determina que «o número de exames vaginais deve ser limitado ao estritamente necessário; durante a primeira parte do trabalho de parto [dilatação], habitualmente, um exame vaginal de quatro em quatro horas é suficiente». No documento Care in Normal Birth – a pratical guide explica-se ainda que «se o parto decorrer serenamente, profissionais de saúde experientes podem limitar o número de exames vaginais a um. Idealmente, a observação necessária para determinar que existe parto activo, ou seja, dilatação». Apesar disso, o número de toques vaginais a efectuar durante o parto dificilmente gera consenso.
O toque serve para avaliar
Posição do colo uterino: posterior, anterior ou intermédio;
Extinção (ou apagamento) do colo uterino: formado, isto é sem apagamento, 50% apagado, 80% apagado e apagado;
Dilatação do colo uterino: até dez centímetros;
Consistência do colo uterino: duro ou mole;
Descida e rotação da cabeça do bebé.
À medida que a gravidez se aproxima do fim, o colo vai progressivamente, orientando-se de posterior para anterior, encurtando, dilatando e perdendo consistência.
O toque não avalia
A compatibilidade feto-pélvica (proporção entre o tamanho do bebé e a pélvis da mãe);
Quanto tempo falta para o bebé nascer.
Efeitos secundários
Aumento do risco de infecção: mesmo quando realizado com cuidado e com luvas, há sempre o risco de levar microorganismos da vagina ao canal cervical.
Interfere com a progressão normal do trabalho de parto.
Afecta a mulher emocionalmente: o toque invade a privacidade, pode ser desconfortável e obriga a mulher a uma posição pouco facilitadora do parto. Além disso, se se diz a uma mulher que tem quatro centímetros de dilatação e, passada uma hora e muitas contracções, depois de novo toque, se diz que ainda mantém os quatro centímetros, o sentimento vai ser de desânimo, quando o que se pretende é o contrário.
Durante a gravidez
Sempre que a grávida se queixa de contracções, mesmo que a data prevista para o parto ainda esteja longe, é normal haver uma observação vaginal para verificar se existe ou não trabalho de parto.
É também hábito, entre os obstetras, efectuar o toque com periodicidade semanal nas consultas a partir das 38 semanas para avaliar se o colo do útero está a modificar progressivamente ao longo das semanas. E é numa destas consultas que, muitas vezes, fazem a tal «maldade» – descolamento de membranas – para acelerar o início do trabalho de parto.
Se forem seguidas as recomendações da Organização Mundial de Saúde, que apontam sempre no sentido de, em situações normais, interferir o menos possível no processo natural do nascimento, não haverá necessidade de fazer toques antes do final da data prevista para o parto e, ainda menos, de descolamento de membranas.
Texto de Patrícia Lamúrias
Revista Pais&Filhos
17 de Maio/2011
Podem ler o artigo completo aqui.
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