Uma das coisas que mais me fascina no ser humano é a sua capacidade de adaptação ao meio e às condições adversas.
No entanto, esta capacidade, que faz parte do mecanismo de defesa e sobrevivência do Homem, tem uma falha.
É que, mesmo quando as adaptações são feitas por um motivo de força maior, que não nos traga necessariamente muitas vantagens, elas são tão bem interiorizadas que depois já não as queremos mudar. Mesmo que a mudança nos traga benefícios.
Uma das características que mais me desaponta no ser humano é a sua natural aversão à mudança.
Porque é que estou com esta conversa?
Porque depois desta notícia, saíu logo esta.
E porque já li pela web bastantes comentários negativos (a maioria de mulheres) acerca desta campanha.
Quem é que nos convenceu a todos tão bem que as mulheres não são capazes de parir naturalmente? Que o parto natural não é o melhor para a nossa saúde e para a do bebé?
E porque é que continuamos a acreditar nisso mesmo sabendo que as evidências ciêntificas nos dizem o oposto?
De facto, a maior e mais urgente mudança que necessitamos é a de Mentalidades. E essa não se muda (apenas) nos hospitais.
No entanto, esta capacidade, que faz parte do mecanismo de defesa e sobrevivência do Homem, tem uma falha.
É que, mesmo quando as adaptações são feitas por um motivo de força maior, que não nos traga necessariamente muitas vantagens, elas são tão bem interiorizadas que depois já não as queremos mudar. Mesmo que a mudança nos traga benefícios.
Uma das características que mais me desaponta no ser humano é a sua natural aversão à mudança.
Porque é que estou com esta conversa?
Porque depois desta notícia, saíu logo esta.
E porque já li pela web bastantes comentários negativos (a maioria de mulheres) acerca desta campanha.
Quem é que nos convenceu a todos tão bem que as mulheres não são capazes de parir naturalmente? Que o parto natural não é o melhor para a nossa saúde e para a do bebé?
E porque é que continuamos a acreditar nisso mesmo sabendo que as evidências ciêntificas nos dizem o oposto?
De facto, a maior e mais urgente mudança que necessitamos é a de Mentalidades. E essa não se muda (apenas) nos hospitais.
3 comentários:
Olá Sofia!
Não poderia estar mais de acordo com o que escreveu. São palavras muito sensatas! :)
Maria
Bom dia, Sofia!
De facto, é lamentável o teor dos comentários que referiu, e entristecem-me muito...parece que a confusão não parte dos ditos leigos apenas, o que seria mais do que compreensível (já que se ouve parto normal - vaginal, com ou sem medicação) e entende-se parto natural (vaginal, sem medicação). Como madrinha oficial desta iniciativa, incomoda-me ver que a desinformação e o erro partem também dos médicos: na notícia que referiu, obstetras de renome deitam abaixo a iniciativa à nascença (!), confundindo um tipo de parto com o outro. É pena, mas o que questiono é: será intencional? Olhando para o texto da dita com olhos de ver, vejo que a preocupação dos médicos referidos é a que se supunha - os processos legais que podem ser movidos por falha em realizar uma cesariana. E na dúvida...é melhor fazer logo, claro. Por aqui fica provado que não é falta de informação que promove estes erros. É medo, mesmo. E eu que pensava que só as mulheres tinham medo do parto...
Um beijinho
Adelaide Sousa
Olá Adelaide,
Sim, muitos médicos terão medo de serem acusados de negligência por não realizarem imediatamente uma cesariana ao primeiro contratempo (tal como se passa no Brasil).
Daí eu dizer que a mudança terá que partir, em grande parte, das mulheres (e dos futuros pais, no geral).
Enquanto as mulheres acreditarem que a cesariana e/ou os partos medicalizados são, sem critérios, o melhor para elas, os médicos continuarão a ter esse "medo".
De facto, os médicos não têm falta de informação. Podem usá-la é de várias formas...
Quanto a nós mulheres, a informação ainda falha muito. O que faz com que nos falte poder.
Um beijinho
Sofia Carvalho
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