Encontrei este texto, cujo autor desconheço, ao acaso, na net, e simplesmente adorei lê-lo!
Isto porque, de forma inteligente, resume muito daquilo que aqui tenho tentado transmitir.
A verdade é que muitas vezes "esquecemos" a nossa condição de mamíferos, o que nos leva a sentir falsas "necessidades", criadas (e impostas) pela sociedade. E, mais importante, acabamos por complicar coisas que podiam ser muito simples e encontramos problemas onde eles nem sempre existem. Ao fazê-lo, outras necessidades, essas sim básicas, ficam por colmatar e entramos num ciclo...
Espero que gostem tanto como eu, e principalmente, que vos faça reflectir...
Isto porque, de forma inteligente, resume muito daquilo que aqui tenho tentado transmitir.
A verdade é que muitas vezes "esquecemos" a nossa condição de mamíferos, o que nos leva a sentir falsas "necessidades", criadas (e impostas) pela sociedade. E, mais importante, acabamos por complicar coisas que podiam ser muito simples e encontramos problemas onde eles nem sempre existem. Ao fazê-lo, outras necessidades, essas sim básicas, ficam por colmatar e entramos num ciclo...
Espero que gostem tanto como eu, e principalmente, que vos faça reflectir...
Homo sapiens e a sua cria:
Não deve ser fácil ser cria de homo sapiens no século XXI!
Este mamífero, quando nasce, traz instalado no cérebro um programa chamado “instinto de sobrevivência, do indivíduo e da espécie”. No entanto é dotado duma capacidade de armazenagem de dados imensa. Tudo o que se segue desde que nasce vai armazenar-se e estabelecer conexões entre os vários acontecimentos.
Mas portanto ,ao nascer, aquilo que está a funcionar é quase o mesmo que nos restantes mamíferos. Essa parte mais antiga do cérebro funciona de maneira muito semelhante, com reflexos de fuga ou aproximação que vão alterar o estado de funcionamento do organismo, alterando por exemplo a frequência cardíaca e respiratória, a sudação, o tónus muscular etc.
Uma cria de homo sapiens quando nasce ainda não sabe que está no século XXI. Está “à espera” de ter ali uma mãe mamífero, homo sapiens fémea, ou seja:
- que esteja quase 24h por dia ao lado dele,
- onde ele se encosta e se sente seguro pelo contacto com a sua pele,
- donde se vai alimentado frequentemente de pequenas quantidades de cada vez (porque assim é menos cansativo),
- que lhe massaja a barriga (provavelmente era lambendo que o faziam), activando os movimentos peristálticos do intestino
- que está calma no seu ninho, porque é isso que as suas hormonas mandam.
Mãe ansiosa significa, para este recém-nascido, perigo à vista. A mãe está tensa, músculos rijos, fácies contraída, frequência cardíaca aumentada… Estas informações sentidas por um ser hiperestésico que é (os sentidos todos muito apurados, porque não há ainda nada no cérebro que os distraia deles) criam obviamente uma resposta: chorar, chorar muito para pedir socorro, “mãe eu estou aqui, protege-me; restantes elementos da tribo venham ajudar”.
Só que esta fêmea vive no século XXI! Está ansiosa por uma infinidade de razões, entre elas o não saber o que fazer com aquele ser tão indefeso; nunca viu outras fêmeas com outras crias. E agora ele chora… isso activa também as partes mais arcaicas do seu cérebro mas estas emoções emitidas são completamente baralhadas por um córtex cerebral que se formatou durante anos para uma sociedade civilizada. E fica ainda mais ansiosa…
Que ciclo vicioso aqui se criou!
Não é fácil ser cria de homo sapiens!
Não deve ser fácil ser cria de homo sapiens no século XXI!
Este mamífero, quando nasce, traz instalado no cérebro um programa chamado “instinto de sobrevivência, do indivíduo e da espécie”. No entanto é dotado duma capacidade de armazenagem de dados imensa. Tudo o que se segue desde que nasce vai armazenar-se e estabelecer conexões entre os vários acontecimentos.
Mas portanto ,ao nascer, aquilo que está a funcionar é quase o mesmo que nos restantes mamíferos. Essa parte mais antiga do cérebro funciona de maneira muito semelhante, com reflexos de fuga ou aproximação que vão alterar o estado de funcionamento do organismo, alterando por exemplo a frequência cardíaca e respiratória, a sudação, o tónus muscular etc.
Uma cria de homo sapiens quando nasce ainda não sabe que está no século XXI. Está “à espera” de ter ali uma mãe mamífero, homo sapiens fémea, ou seja:
- que esteja quase 24h por dia ao lado dele,
- onde ele se encosta e se sente seguro pelo contacto com a sua pele,
- donde se vai alimentado frequentemente de pequenas quantidades de cada vez (porque assim é menos cansativo),
- que lhe massaja a barriga (provavelmente era lambendo que o faziam), activando os movimentos peristálticos do intestino
- que está calma no seu ninho, porque é isso que as suas hormonas mandam.
Mãe ansiosa significa, para este recém-nascido, perigo à vista. A mãe está tensa, músculos rijos, fácies contraída, frequência cardíaca aumentada… Estas informações sentidas por um ser hiperestésico que é (os sentidos todos muito apurados, porque não há ainda nada no cérebro que os distraia deles) criam obviamente uma resposta: chorar, chorar muito para pedir socorro, “mãe eu estou aqui, protege-me; restantes elementos da tribo venham ajudar”.
Só que esta fêmea vive no século XXI! Está ansiosa por uma infinidade de razões, entre elas o não saber o que fazer com aquele ser tão indefeso; nunca viu outras fêmeas com outras crias. E agora ele chora… isso activa também as partes mais arcaicas do seu cérebro mas estas emoções emitidas são completamente baralhadas por um córtex cerebral que se formatou durante anos para uma sociedade civilizada. E fica ainda mais ansiosa…
Que ciclo vicioso aqui se criou!
Não é fácil ser cria de homo sapiens!
2 comentários:
muito elucidativo!
Aconselho às mães ansiosas pelo choro do bébé (além de que se acalmem LOL) o DVD Dunstan Baby Language: acho que 9 em 10 mulheres após 1 a 2 semanas de "treino" conseguem distinguir as necessidades dos seus bébés pela maneira como choram.
Um beijinho,
moya
Fui eu que o escrevi, no forum saudinha no qual já não escrevo desde 2009 :) Gostei de me reler :):)
Beijinhos
Graça Bastos
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